STF discute liberação ou não do uso de células-tronco de embriões humanos para pesquisa
Diante da polêmica retomada no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Lei de Biossegurança, a Profa. Ana Paula Girol, bióloga e docente do curso de Ciências Biológicas do IMES-FAFICA, fala do uso de células-tronco de embriões humanos para pesquisa.
Profa. Girol, a favor da liberação, diz que a grande polêmica do assunto é o desconhecimento. O embrião é um grupo de células capaz de gerar qualquer tecido, mas só se desenvolve em um novo ser humano caso seja implantado no útero. As células-tronco embrionárias serviriam para a multiplicação de novas células e não órgãos. As células assim criadas poderiam ser usadas para substituir as células que morrem no organismo, em casos de doenças ou traumas. As células que morrem e não são repostas prejudicam órgãos ou o funcionamento do organismo como um todo.
Outra ressalva apontada por Girol são as condições em que são feitas as pesquisas. São utilizados apenas os embriões que sobram em clínicas de fertilização, ou seja, aproveitaria um material que seria incinerado. Além disso, para todo material usado deve haver o consentimento dos familiares. "Sempre é preciso agir com ética e não fazer da pesquisa um comércio de embriões", comenta a Profa. Girol.
As pesquisas contribuiriam para o tratamento de várias doenças, entre elas o mal de Alzheimer e distrofias musculares (doenças neurodegenerativas), doenças cardiovasculares (infarto) e hematológicas (leucemias), acidentes vasculares celebrais-AVC (derrame) e diabetes tipo 1.