Alunas de Fisioterapia avaliam Apnéia do sono em idosos de Catanduva

 
     
  15/5/2008

Doença provoca falta de ar durante o sono. Estudo foi feito com base na Escala de Sonolência de Epworth (ESSE)

Michele Domingues da Cunha e Natália Doto Bocchini, alunas do curso de Fisioterapia do IMES-FAFICA, realizaram, sob orientação do Prof. Sílvio Jorge Chaim Melhado, um estudo da Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), uma doença cardiovascular crônica que provoca a falta de ar durante o sono. O objetivo do trabalho foi avaliar a propensão de apnéia do sono na população da terceira idade de Catanduva, utilizando como método a Escala de Sonolência de Epworth (ESSE).

A investigação foi realizada em 35 idosos da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Catanduva. Foram 16 mulheres e 19 homens, com idade entre 60 e 83 anos. Em respeito às Diretrizes e Normas de Pesquisa em Seres Humanos, antes das análises o projeto de estudo foi submetido à apreciação e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

A doença tem relação direta com o envelhecimento. Há maior incidência entre os homens. Nas mulheres é mais comum na menopausa, em tabagistas e obesas. A apnéia causa sonolência diurna excessiva, aumentando de duas a três vezes a chance do portador da síndrome se envolver em acidentes de trânsito, além da perda de rendimento no trabalho e em outras atividades. Deve ser diagnosticada e tratada rapidamente, porque 95% dos portadores de distúrbio do sono não são diagnosticados.

Os principais indícios da apnéia são ronco, sonolência excessiva diurna e relato de pausas respiratórias durante o sono. O ronco está presente em 95% dos casos.

Além da Síndrome da Apnéia, os alunos avaliaram nos pacientes índice de massa corporal (IMC), pressão arterial (PA), freqüência cardíaca (FC), saturação de oxigênio (SaO2), circunferência abdominal )CA) e circunferência do pescoço (CP).

Dos 35 idosos avaliados, o estudo dos alunos chegou à seguinte conclusão:

60% roncam;
no grupo dos obesos, 80% roncam;
51,4% apresentaram redução de memória;
34,2 apresentaram irritabilidade;
40% eram hipertensos;
11,4% eram hipersonolentos;
28,5% faziam uso de bebidas alcoólicas.