Fisioterapeuta do IMES-FAFICA revoluciona medição de dor e falta de ar

 
     
  22/5/2008

Prof. Sílvio Jorge Chaim Melhado desenvolveu um instrumento capaz de mensurar a dispnéia em qualquer indivíduo: com ou sem visão, alfabetizado ou não.

O Prof. Sílvio Jorge Chaim Melhado, docente do curso de Fisioterapia do IMES-FAFICA, derruba quatro décadas de tradição na mensuração da dispnéia, uma sensação de dificuldade respiratória, e desenvolve um instrumento que pode ajudar no trabalho das clínicas.

A Escala Análoga Visual Modificada para Deficientes Visuais, um instrumento que mede a falta de ar e a dor de qualquer paciente, independentemente de visão, interpretação ou alfabetização, é um método que substituiu a Escala de Borg, restrito a pacientes alfabetizados.

A Escala de Borg foi criada na década de 1960 pelo sueco Gunnar Borg. A técnica foi introduzida no Brasil em 1975 e é aceita mundialmente para a medição da falta de ar e da dor. A única dificuldade para o uso da escala é a exigência da alfabetização do paciente. Dessa forma, quem não consegue interpretar os números da escala não pode oferecer ao profissional da saúde parâmetros para a medição da dor.

A criatividade do Prof. Melhado foi pensar num método que ampliasse a possibilidade de mediação da dor e da falta de ar. Ele desenvolveu, então, a Escala Análoga Visual Modificada para Deficientes Visuais, permitida aos paciente analfabetos e ao deficientes visuais na medição de sintomas subjetivos, como a dor.

A criação surgiu diante da dificuldade do uso da Escala de Borg na rotina de avaliação clínica. Para evitar plágio, o instrumento ainda está em processo de patente. Mas já foi usado e testado com sucesso. "Espero que o novo método possa ajudar os pacientes no tratamento de sua saúde", finaliza Melhado.

Melhado é graduado em Fisioterapia pela UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) em 1984, com Especialização em 1999 pela FAMECA (Faculdade de Medicina de Catanduva) e em 2002 pela CEUCLAR (Centro Universitário Claretiano) e com Mestrado em 2003 pela FAMERP (Faculdade de Medicina de São José de Rio Preto).