A lombalgia, como é conhecida, é uma epidemia: 80 % da população mundial teve, tem ou terá o sintoma

Desde que o homem adotou a postura bípede, várias disfunões o acometem em conseqüência da postura ereta (ficar em pé): varizes, prisão de ventre, hemorróidas, desgates de quadril, joelho e dor lombar. A lombalgia, conhecida como dor lombar (dor nas costas), acomete 80% das pessoas. Perde apenas para cefaléia (dor de cabeça).

O Prof. Dr. Roberto Borges Filho, professor do curso de Fisioterapia do IMES-FAFICA, atuante, entre outras, na área de postura, alerta para alguns cuidados preventivos. Segundo Borges, dor lombar não é uma doença. É antes um sintoma de algum problema que provoca a dor nessa região (inferior do tronco posterior): perfuração do duodeno por úlcera; aneurisma da aorta, problemas renais, hérnias de disco, artroses (bico de papagaio), distensões musculares, etc.

A dor pode ainda ter causas não complicadas de início, como má postura nas atividade diárias, colchão irregular, banco mal-adaptado, posição estática duradoura, esforço no transporte de peso, entre outros. Por isso, é mais propenso a desenvolvê-la quem apresenta fraqueza muscular, osteoporose ou quem trabalha em pé ou sentado por longo período, associado a movimentos repetitivos de rotação. È o caso de telefonistas ou trabalhos em série, como na indústria.

Para prevenir-se da lombalgia, os cuidados são simples. Borges aponta alguns caminhos: diagnóstico diferencial para determinar a origem da dor, mediante consulta médica; pausas no trabalho para evitar movimentos repetitivos; não permanecer numa única postura por longo período; exercícios de alongamento e fortalecimento; caminhada (a prática constante pode eliminar até 70% da dor lombar); orientação ergonômicas no trabalho para mesas e cadeiras adequadas; e orientação básica do fisioterapeuta para exercícios terapêuticos e ajustes ergonômicos.

O Prof. Dr. Roberto Borges Filho (CREFITO 4669) é Mestre e Doutor em Ciências da Saúde (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto- FAMERP), com Especialização em Didática do Ensino Superior (UNORP) e em Ciências da Reabilitação (UFSCar). É membro efetivo da Sociedade Brasileira de Anatomia e membro do Comitê de Ética e Pesquisa da FAMERP e Parecerista cadastrado na Revista Brasileira de Fisioterapia e na Revista Nova Fisio.